terça-feira, 29 de janeiro de 2008

A hora da vingança!

Esse foi o texto trabalhado na sala, que apresenta a Interdiscursividade, nesse caso o discurso humorístico se reveste em discurso publicitário. Só trocamos Brasil Telecom pra Telemar e o nome da atendente, mas a essência do texto permanece a mesma.
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Toca o telefone...
- Alô.
- Alô, poderia falar com o responsável pela linha?
- Pois não, pode ser comigo mesmo.
- Quem fala, por favor?
- Edson.
- Sr. Edson, aqui é da TELEMAR, estamos ligando para oferecer a promoção TELEMAR linha adicional, onde o Sr. tem direito...
- Desculpe interromper, mas quem está falando?
- Aqui é Rosicleide Judite, da TELEMAR, e estamos ligando...
- Rosicleide, me desculpe, mas para nossa segurança, gostaria de conferir alguns dados antes de continuar a conversa, pode ser?
- ... bem, pode.
- De que telefone você fala? Meu bina não identificou.
- 103
- Você trabalha em que área, na TELEMAR?
- Telemarketing Pró Ativo.
- Você tem número de matrícula na TELEMAR?
- Senhor, desculpe, mas não creio que essa informação seja necessária.
- Então terei que desligar, pois não estarei seguro de que falo com uma funcionária da TELEMAR.
- Mas posso garantir...
- Além do mais, sempre sou obrigado a fornecer meus dados a uma legião de atendentes sempre que tento falar com a TELEMAR.
- Ok.... Minha matrícula é 34591212
- Só um momento enquanto verifico.

(Dois minutos)

- Só mais um momento.

(Cinco minutos)

- Senhor?

- Só mais um momento, por favor, nossos sistemas estão lentos hoje.
- Mas senhor...
- Pronto, Rosicleide, obrigado por haver aguardado. Qual o assunto?
- Aqui é da TELEMAR, estamos ligando para oferecer a promoção linha adicional, onde o Sr. tem direito a uma linha adicional. O senhor
está interessado, Sr. Edson?
- Rosicleide, vou ter que transferir você para a minha esposa, porque é ela que decide sobre alteração e aquisição de planos de telefones. Por favor, não desligue, pois essa ligação é muito importante para mim.

Coloco o telefone em frente ao aparelho de som, deixo a música Festa no Apê do Latino tocando no repeat (eu sabia que um dia essa droga iria servir para alguma coisa!), depois de tocar a porra toda da musica, minha mulher atende:
- Obrigado por ter aguardado.... Pode me dizer seu telefone pois meu bina não identificou..
- 103
- Com quem estou falando, por favor.
- Rosicleide
- Rosicleide de que?
- Rosicleide Judite (já demonstrando certa irritação na voz)
- Qual sua identificação na empresa?
- 34591212 (mais irritada ainda!)
- Obrigada pelas suas informações, em que posso ajudá-la?
- Aqui é da TELEMAR, estamos ligando para oferecer a promoção linha adicional, onde a Sra. tem direito a uma linha adicional. A senhora está interessada?
- Vou abrir um chamado e em alguns dias entraremos em contato para dar um parecer, pode anotar o protocolo por favor, É 98736

- Tutututututu...

... Alô... Alô!

- Desligou.... Nossa que moça impaciente!!!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

A QUESTÃO ÉTICA NA BRIGA DOS JORNAIS “O ESTADO DO MARANHAO” E “JORNAL PEQUENO”


Artigo integrante do trabalho ÉTICA E MÍDIA apresentado a disciplina Filosofia, como requisito pra obtenção da 3ª nota.


Quando vemos matérias publicadas que tratam de um mesmo assunto , mas distorcidas tendenciosas, pejorativas, que estão sempre nitidamente visando beneficiar uma das partes ou o que é pior, mascarar a verdade dos fatos, temos certeza que o Código de Ética do jornalista foi rasgado, pisado, amassado, jogado no lixo.

Diariamente vemos exemplos descarados de como não se fazer um jornalismo sério, pautado na Ética, compromissada com seu leitor, estampados nas páginas dos jornais “O Estado do Maranhão” e “Jornal Pequeno”. E o pior é perceber que este modelo podre de fazer jornalismo pautado em calúnias, injúrias, difamações de lado a lado parece não ter fim.

O jornal, bem como, qualquer meio de Comunicação deve ser pautado na verdade. Mas parece que verdade para essas publicações se traduz em maiores verbas publicitárias para seus donos, que se lixem o público, o que vale é explorar, fazer especulação, sensacionalismo, manipulação e omitir.

A Imprensa escrita maranhense desce os últimos dos seus degraus, a falta de credibilidade dos jornais toma conta, escrevem rumores como se fossem notícias, mentem – imersos num jogo de intrigas e sobretudo, pela busca do poder. A notícia se tornou produto nessa ótica capitalista desenfreada e sem limites

Os estudantes de Comunicação olham para essa forma de anti-jornalismo e ser perguntam: é nisso que vou trabalhar? É estando de um lado ou de outro, mentindo, caluniando, distorcendo fatos, criando falácias, que ajudarei a sustentar minha família? Com que dignidade? Que moral? Que ética?

Quando olhamos em volta, infelizmente percebemos que a falta de ética é na sociedade em geral, na política, na saúde, nos poderes constituídos. A mídia que imaginamos que estaria a salvo disso pra poder ter meios de criticar, reposicionar a sociedade, ela mesmo ou parte dela, parece ter já sido contaminada também.

A Falta de ética e de princípios ocupa a linha de frente desses jornais e estão a cada dia se distanciando dos leitores. Será que os jornalistas deveriam ter realmente tanto poder nas mãos, já que atualmente, o jornalismo só visa exclusivamente lucros? Ou será que falta um conselho que regule todas essas questões?

Essas perguntas parecem ser difíceis de serem respondidas no momento, mas é necessário que se mude algo no status quo dominante pra que possamos ao nos inserir nesse mercado, ser um instrumento de mudança de todo esse sistema aí implantado e que possamos ter a mídia reflexo de uma sociedade ética, honrada, justa e capaz.




Por Samir Ewerton