sábado, 1 de dezembro de 2007

Vale lança nova marca e se consolida como pioneira em atuação global


Essa notícia me fez remeter as aulas de Planejamento, onde se fala de imagem, de visão, de metas, aliás foi até comentado essa nova marca da Vale em uma das aulas, por isso resolvi postar aqui.

A mineradora mantém o compromisso de transformar os recursos minerais em riqueza e desenvolvimento sustentável

Rio de Janeiro – A Companhia Vale do Rio Doce apresentou ontem, 29, no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, a sua nova marca e o novo posicionamento da empresa. O diretor-presidente da empresa, Roger Agnelli, fez a apresentação para cerca de 500 gestores de todo o mundo, reunidos pela primeira vez. A transmissão aconteceu de forma simultânea via web para mais de 57 mil empregados, acionistas, investidores, parceiros, comunidades onde a empresa atua e a imprensa de mais de 30 países.



Diretores da Vale apresentaram nova marca da empresa (detalhe) durante coletiva no Rio

De acordo com Roger Agnelli, o projeto não contempla a mudança de nome da empresa, mas reforça a palavra “Vale”, unificando sua utilização em todos os mercados onde atua. Segundo ele, a idéia é que todas as unidades de negócios abandonem as expressões “Companhia Vale do Rio Doce”, “Rio Doce” ou a sigla CVRD, afirmando que a decisão levou em conta a brasilidade, a força, a simplicidade e a sonoridade do nome “Vale”, que será usado em oito idiomas. “Vale é o nome que o brasileiro conhece, é curto, possui fácil identificação e fixação. Além dos tons em verde expressarem com clareza a bandeira do nosso país e a nossa natureza, tem o dourado que mostra as nossas riquezas naturais”, declarou o presidente.

Autores – O novo posicionamento e a nova marca da Vale foram criados pela empresa norte-americana Lippincott Mercer e sua parceira no Brasil, a Cauduro Martino. A Lippincott é líder em design e estratégia de branding e tem entre seus principais clientes Coca-Cola, General Electric, ABN-AMRO, IBM, Motorola e Rede Globo. A Cauduro Martino tem vasta bagagem em implantação de marcas, com clientes como Banco do Brasil, Unimed, TAM e Natura.

Respaldada pela aquisição da mineradora canadense Inco, que a alçou ao segundo lugar no ranking mundial das mineradoras no ano passado, a Vale pretende, por meio da nova identidade visual, consolidar sua imagem de empresa brasileira com atuação global, ressaltando sua posição de destaque no cenário internacional.

Segundo a diretora de Comunicação Institucional da Vale, Olinta Cardoso, na comunicação ao público será ressaltado o fato de que a empresa produz ingredientes essenciais para a vida diária, fornecendo, com sua produção de minério de ferro, a matéria-prima para diversos produtos como computadores, relógios ou fogões. Com isso, a marca Vale estará mais próxima das pessoas. “Nós fomos a primeira empresa brasileira a lançar uma marca global. E o processo de criação da marca teve a participação dos funcionários de todos os níveis, se encaixando em todos os valores culturais. A meta estimada para a troca das marcas é de até quatro anos, totalizando um custo de US$ 50 milhões. Enfatizando que a mudança será apenas no nome fantasia, a razão social continuará a mesma”, informou Olinta.

Para Roger Agnelli, com a divulgação do posicionamento e valores da empresa, a qualidade de seus produtos, a ética, a responsabilidade socioambiental, o esforço para contribuir com o desenvolvimento dos empregados e comunidades onde atua, e o compromisso com o desenvolvimento sustentável, será o diferencial da Vale no mercado da mineração. “Atualmente estamos em segundo lugar no raking de minério, mas o nosso compromisso é de nos tornarmos a maior mineradora do mundo. E sei que isso é possível, afinal, somos um gigante brasileiro, temos força, garra e o principal, temos os melhores talentos na área de mineração”, destacou.

Siderúrgica no MA – Roger esclareceu que o Maranhão nunca saiu dos planos da Vale, pois São Luís tem uma ótima localização, e o estado já possui naturalmente condições de ter uma usina siderúrgica. Até 2012, a companhia investirá no estado US$ 8 bilhões em ferrovias e portos. O que ele deixou claro é que a decisão de investimento é do cliente e não da Vale. E que o presidente Lula inclusive, demonstrou interesse m apoiar a ida de uma siderúrgica para o Maranhão. “Infelizmente, não foi possível concretizarmos o projeto da instalação do maior produtor de aço da China, o grupo Baostell, no estado do Maranhão, já que não houve acordo com o governo, sobre o local de implantação da mesma. Mas não foi por isso que desistimos do estado, pelo contrário, vamos tentar levar outro cliente para lá”, prometeu Agnelli.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

MÍDIA E ÉTICA - Um desafio diário





Em tempos de crise, quando se fala em ética logo vem à tona a questão da ética na política. Esse escândalo do qual agora somos espectadores nos remete a, pelo menos, duas reflexões: uma é a de que a corrupção é uma velha aliada da política nacional; a outra, trata da imprensa, que, paralelamente a qualquer novidade, também é questionada quanto aos princípios éticos. Mas o que é ética? A ética está relacionada à moral e à coerência. No plano das reflexões ou indagações, trata do costume das coletividades e as morais que podem conferir-lhe consistência. Por ser debatida em diversas áreas do conhecimento, deve ser vista como parte do cidadão e posteriormente no campo profissional. O conceito de ética no dicionário Aurélio é:

[Do lat. ethica < gr. ethiké.]

S. f. Filos.

1. Estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto.

É óbvio que a ética não foi criada pelo jornalismo. Mas há leis que regem o exercício desta profissão. Os "Princípios Internacionais da Ética no Jornalismo" (divulgados em Praga e Paris, 1983) e o Código Nacional de Ética (em vigor desde 1987) dispõem sobre normas a que deve se subordinar a atuação do profissional nas suas relações com a comunidade, com as fontes de informação e entre jornalistas.

Eis o interesse em abordar a ética na imprensa, pois esta trata diariamente de todos os assuntos que são destaque no mundo. O que se questiona é a fonte das informações, a apuração da notícia e os meios usados para fornecê-la ao cidadão. Seja a Guerra no Iraque, o seqüestro de um empresário ou um escândalo político, todos estes assuntos devem ser debatidos em nome da socialização da informação, e não de acordo com ganhos políticos ou financeiros.

Com o importante papel de formadora de opinião, a imprensa tem a faca e o queijo na mão. Mas essa mesma faca pode cortar violentamente se não utilizada de forma coerente. Pois os veículos que sofrem algum tipo de manipulação e respondem aos interesses políticos a que estão atrelados acabam no descrédito da população, ferindo também o jornalismo investigativo sério, que prima pela integridade da notícia.

O interesse da coletividade

Por conta da velocidade da informação ditada pela globalização e a era do imediatismo, as redações buscam, de forma veloz, quantidade em vez de qualidade da informação. Ávidos pelo "furo", os jornalistas esquecem de checar se suas fontes são fidedignas e muitas vezes reproduzem notícias, sem se preocupar com os devidos créditos. Essas práticas colocam em questão a comunicação. O jornalista Rogério Christofoletti, coordenador do site Monitor de Mídia, da Universidade do Vale do Itajaí (SC), quando questionado sobre a ética no jornalismo brasileiro respondeu: "Há ilhas de bom jornalismo. Mas há deslizes graves. Ainda temos muito que evoluir. E quem pode ajudar nessa tarefa são as escolas de Comunicação e as instâncias de crítica de mídia, que apontam com mais insistência as maiores falhas".

Entre as falhas percebe-se uma muito praticada nas grandes redações, também relatada pelo jornalista: a confusão entre jornalismo e publicidade. São duas áreas afins, porém, com atribuições distintas. Enquanto o jornalismo trata editorialmente das notícias, a publicidade cuida dos recursos necessários para a circulação do veículo. Mas insiste-se em inverter os papéis, pois há jornalistas que teimam em fazer matérias publicitárias para fidelizar anunciantes e publicitários respondem por conteúdos editoriais.

Nada demais, não fosse a tal ética, que nos leva a refletir sobre os caminhos da comunicação social. É necessário equilibrar convicções pessoais e os valores que sustentam a linha editorial de um veículo, para que prevaleça o interesse da coletividade. Eis o desafio diário da imprensa. É o que nos posiciona, como profissionais de comunicação, na linha que separa a ética do caos.


Por Marília Oliveira

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Modelo Camisa



Tema discutido na nossa Comunidade no Orkut, decidi fazer um modelo da camisa.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Se notícia é mercadoria, então que seja de qualidade!




A conseqüência do monopólio dos meios de comunicação, do fetiche da velocidade e a guerra pela audiência, fazem com que os jornalistas e seus patrões muitas vezes se afastem da conduta ética e ofereçam ao público uma informação de má qualidade.

A notícia virou mercadoria e há uma significativa perda de valores de cunho ético. Baseando-se no art. 6º do Código de Ética,o exercício da profissão do jornalista é uma atividade de natureza social e com finalidade pública, subordinada, portanto, ao Código de Ética que é constantemente desrespeitado.

A tendência da imprensa mundial, de colocar a preocupação com a audiência das matérias (o fato negativo ‘vende’ mais que o positivo) à frente das causas da paz e da responsabilidade social. Grandes grupos econômicos voltados para o interesse do capital, dominam a circulação da informação no mundo. As informações são segmentadas e banalizadas, com ênfase ao que é ruim, que pode impactar a opinião pública, desconsiderando a questão da ética e da responsabilidade social. As informações que dizem respeito às minorias não são incluídas nas pautas.

No Maranhão, infelizmente temos muitos exemplos da falta de compromisso com o leitor/ouvinte e por isso vejo com bons olhos a criação do Núcleo da Aliança Internacional de Jornalistas pela ÉTICA em São Luís, que vai ser lançado nessa sexta(dia 28) na UFMA.


Fonte: http://jornalistadosol.blogspot.com/

Amanda Dutra é estudante do 5º Período de Jornalismo/UFMA

quarta-feira, 29 de agosto de 2007


A seguinte pesquisa foi feita para obtenção da 3a nota da disciplina de Sociologia. Ela foi realizada, dia 23 de agosto, no Centro de Ciências Sociais da UFMA: nos cursos de Pedagogia, Direito Noturno, Serviço Social, Economia e Comunicação Social. Ela dá destaque às ações afirmativas para a inclusão de negros na universidade e às discussões da mídia sobre o assunto. Para ter acesso a todos arquivos da pesquisa mande um e-mail para francisco.bez@hotmail.com.

Número de entrevistados: 102

Sexo:
Feminino: 84
Masculino: 17
Não souberam ou não opinaram: 1

Feminino: 82,4%
Masculino: 16,7%
Não souberam ou não opinaram: 0,9%

Em qual dos grupos étnicos abaixo você se define?

Consideraram-se pardos: 42
Consideraram-se negros: 33
Considerara-se brancos: 24
Não souberam ou não opinaram: 3

Consideraram-se pardos: 41,2%
Consideraram se negros: 32,4%
Consideraram-se brancos: 23,5%
Não souberam ou não opinaram: 2,9%

Você sabe o que são ações afirmativas?

Sim: 62
Não: 31
Não opinaram: 9

Sim: 60,8%
Não: 30,4%
Não opinaram: 8,8%

Você é a favor das cotas como sistema de inclusão nas universidades públicas?

Foram contra: 53
Foram a favor: 48
Não opinaram: 1

Foram contra: 52,0%
Foram a favor: 47,1%
Não opinaram: 0,9%

Dados adicionais:
Não sabe o que são ações afirmativas e é contra as cotas: 22
Não sabe o que são ações afirmativas e é a favor das cotas: 7
Sabe o que são ações afirmativas e é a favor das cotas: 33
Sabe o que são ações afirmativas e é contra as cotas: 30

Não sabe o que são ações afirmativas e é a favor das cotas: 21,6%
Não sabe o que são ações afirmativas e é contra as cotas: 6,9%
Sabe o que são ações afirmativas e é a favor das cotas: 32,3%
Sabe o que são ações afirmativas e é contra as cotas: 29,4%

Declararam-se negros e são contra as cotas: 14
Declararam-se negros e são a favor das cotas: 19
Declararam-se pardos e são contra as cotas: 16
Declararam-se pardos e são a favor das cotas: 25
Declararam-se brancos e são contra as cotas: 20
Declararam-se brancos e são a favor das cotas: 4

Declararam-se negros e são contra as cotas: 13,7%
Declararam-se negros e são a favor das cotas: 18,6%
Declararam-se pardos e são contra as cotas: 15,7%
Declararam-se pardos e são a favor das cotas: 24,5%
Declararam-se brancos e são contra as cotas: 19,6%
Declararam-se brancos e são a favor das cotas: 3,9%

Em quais meios de comunicação você já ouviu falar das cotas?
Televisão: 84
Revistas: 25
Internet: 59
Jornais impressos: 46
Rádio: 34

Televisão: 82,4%
Revistas: 24,5%
Internet: 57,8%
Jornais impressos: 45,1%
Rádio: 33,3%

Quando você ouviu falar sobre ações afirmativas pela primeira vez?

Não souberam ou não opinaram: 29
Já ouviram falar de AA’s antes: 62
Nunca ouviram falar de AA’s antes: 11
Não souberam ou não opinaram: 28,4%
Já ouviram falar de AA’s antes: 60,8%
Nunca ouviram falar de AA’s antes: 19,8%

Dados adicionais:
Dos que já ouviam falar de ações afirmativas antes:

No ensino médio: 18
Na faculdade: 29
Na televisão: 10
Na internet: 3
Em revistas: 1
Em livros: 1

No ensino médio: 29,0%
Na faculdade: 46,8%
Na televisão: 16,1%
Na internet: 4,8%
Em revistas: 1,6%
Em livros: 1,6%

Na sua opinião, como a mídia discuti as ações afirmativas?

De forma imparcial e plural: 9
De forma tendenciosa e/ou superficial: 59
Não discuti: 8
Não souberam ou não opinaram: 26

De forma imparcial e plural: 8,8%
De forma tendenciosa e superficial: 57,8%
Não discuti: 7,8%
Não souberam ou não opinaram: 25,5%

Dados adicionais:
É a favor das cotas e acha que a mídia discuti tendenciosa e superficialmente o assunto: 36 Contra as cotas e acha que a mídia discuti tendenciosa e superficialmente as cotas: 23

É a favor das cotas e acha que a mídia discuti tendenciosa e superficialmente o assunto: 35,3%

É contra as cotas e acha que a mídia discuti tendenciosa e superficialmente as cotas: 22,5%


TURMAS SEM COTISTAS

Número de entrevistados: 39

Sexo:
Feminino: 36
Masculino: 3

Feminino: 92,3%
Masculino: 7,7%

Em qual dos grupos étnicos abaixo você se define?

Consideraram-se pardos: 17
Consideraram-se negros: 10
Considerara-se brancos: 10
Não souberam ou não opinaram: 2

Consideraram-se pardos: 43,6%
Consideraram se negros: 25,6%
Consideraram-se brancos: 25,6%
Não souberam ou não opinaram: 5,2%

Você sabe o que são ações afirmativas?

Sim: 29
Não: 9
Não opinaram: 1

Sim: 74,4%
Não: 23,1%
Não opinaram: 2,5%

Você é a favor das cotas como sistema de inclusão nas universidades públicas?

Foram contra: 18
Foram a favor: 21

Foram contra: 46,2%
Foram a favor: 53,8%

Dados adicionais:

Não sabe o que são ações afirmativas e é a favor das cotas: 4
Não sabe o que são ações afirmativas e é contra as cotas: 3
Sabe o que são ações afirmativas e é a favor das cotas: 16
Sabe o que são ações afirmativas e é contra as cotas: 15

Não sabe o que são ações afirmativas e é a favor das cotas: 10,3%
Não sabe o que são ações afirmativas e é contra as cotas: 7,7%
Sabe o que são ações afirmativas e é a favor das cotas: 41,0%
Sabe o que são ações afirmativas e é contra as cotas: 38,5%

Declararam-se negros e são contra as cotas: 3
Declararam-se negros e são a favor das cotas: 7
Declararam-se pardos e são contra as cotas: 4
Declararam-se pardos e são a favor das cotas: 13
Declararam-se brancos e são contra as cotas: 9
Declararam-se brancos e são a favor das cotas: 1

Declararam-se negros e são contra as cotas: 7,7%
Declararam-se negros e são a favor das cotas: 17,9%
Declararam-se pardos e são contra as cotas: 10,3%
Declararam-se pardos e são a favor das cotas: 33,3%
Declararam-se brancos e são contra as cotas: 23,0%
Declararam-se brancos e são a favor das cotas: 2,6%

Em quais meios de comunicação você já ouviu falar das cotas?

Televisão: 32
Revistas: 28
Internet: 26
Jornais impressos: 16
Rádio: 13

Televisão: 82,1%
Revistas: 71,8%
Internet: 66,7%
Jornais impressos: 41,0%
Rádio: 33,3%

Quando você ouviu falar sobre ações afirmativas pela primeira vez?

Não souberam ou não opinaram: 10
Já ouviram falar de AA’s antes: 26
Nunca ouviram falar de AA’s antes: 3

Não souberam ou não opinaram: 25,6%
Já ouviram falar de AA’s antes: 66,7%
Nunca ouviram falar de AA’s antes: 7,7%

Dados adicionais:
Dos que já ouviam falar de ações afirmativas antes:

No ensino médio: 7
Na faculdade: 13
Na televisão: 3
Na internet: 1
Em revistas: 1
Em livros: 1

No ensino médio: 27,0%
Na faculdade: 50,0%
Na televisão: 11,6%
Na internet: 3,8%
Em revistas: 3,8%
Em livros: 3,8%

Na sua opinião, como a mídia discuti as ações afirmativas?

De forma tendenciosa e/ou superficial: 26
Não discuti: 4
Não souberam ou não opinaram: 9

De forma imparcial e plural: 00,0 %
De forma tendenciosa e superficial: 66,7%
Não discuti: 10,2%
Não souberam ou não opinaram: 23,1%

Dados adicionais:
É a favor das cotas e acha que a mídia discuti tendenciosa e superficialmente o assunto: 14 Contra as cotas e acha que a mídia discuti tendenciosa e superficialmente as cotas: 12

É a favor das cotas e acha que a mídia discuti tendenciosa e superficialmente o assunto: 35,9%
É contra as cotas e acha que a mídia discuti tendenciosa e superficialmente as cotas: 30,8%


TURMAS COM COTISTAS

Número de entrevistados: 63

Sexo:
Feminino: 48
Masculino: 14
Não souberam ou não opinaram: 1

Feminino: 76,2
Masculino: 22,2
Não souberam ou não opinaram: 1,6

Em qual dos grupos étnicos abaixo você se define?

Consideraram-se pardos: 25
Consideraram-se negros: 23
Considerara-se brancos: 14
Não souberam ou não opinaram: 1

Consideraram-se pardos: 39,7%
Consideraram se negros: 36,5%
Consideraram-se brancos: 22,2%
Não souberam ou não opinaram: 1,6%

Você sabe o que são ações afirmativas?

Sim: 33
Não: 22
Não opinaram: 8

Sim: 52,4%
Não: 34,9%
Não opinaram: 12,7%

Você é a favor das cotas como sistema de inclusão nas universidades públicas?

Foram contra: 35
Foram a favor: 27
Não opinaram: 1

Foram contra: 55,6%
Foram a favor: 42,8 %
Não opinaram: 1,6 %

Dados adicionais:
Não sabe o que são ações afirmativas e é contra as cotas: 18
Não sabe o que são ações afirmativas e é a favor das cotas: 4
Sabe o que são ações afirmativas e é a favor das cotas: 17
Sabe o que são ações afirmativas e é contra as cotas: 15

Não sabe o que são ações afirmativas e é a favor das cotas: 28,6%
Não sabe o que são ações afirmativas e é contra as cotas: 6,3%
Sabe o que são ações afirmativas e é a favor das cotas: 26,7%
Sabe o que são ações afirmativas e é contra as cotas: 23,8%

Declararam-se negros e são contra as cotas: 11
Declararam-se negros e são a favor das cotas: 12
Declararam-se pardos e são contra as cotas: 12
Declararam-se pardos e são a favor das cotas: 12
Declararam-se brancos e são contra as cotas: 11
Declararam-se brancos e são a favor das cotas: 3

Declararam-se negros e são contra as cotas: 17,5%
Declararam-se negros e são a favor das cotas: 19,0%
Declararam-se pardos e são contra as cotas: 19,0%
Declararam-se pardos e são a favor das cotas: 19,0%
Declararam-se brancos e são contra as cotas: 17,5%
Declararam-se brancos e são a favor das cotas: 4,8%

Em quais meios de comunicação você já ouviu falar das cotas?
Televisão: 52
Revistas: 27
Internet: 33
Jornais impressos: 30
Rádio: 21

Televisão: 82,5%
Revistas: 42,8%
Internet: 52,3%
Jornais impressos: 47,6%
Rádio: 33,3%

Quando você ouviu falar sobre ações afirmativas pela primeira vez?

Não souberam ou não opinaram: 19
Já ouviram falar de AA’s antes: 36
Nunca ouviram falar de AA’s antes: 8

Não souberam ou não opinaram: 30,2%
Já ouviram falar de AA’s antes: 57,1%
Nunca ouviram falar de AA’s antes: 12,7%

Dados adicionais:
Dos que já ouviam falar de ações afirmativas antes:

No ensino médio: 11
Na faculdade: 16
Na televisão: 7
Na internet: 2

No ensino médio: 30,6%
Na faculdade: 44,4%
Na televisão: 19,4%
Na internet: 5,6%

Na sua opinião, como a mídia discuti as ações afirmativas?

De forma imparcial e plural: 9
De forma tendenciosa e/ou superficial: 33
Não discute: 4
Não souberam ou não opinaram: 17

De forma imparcial e plural: 14,3%
De forma tendenciosa e superficial: 52,4%
Não discute: 6,3%
Não souberam ou não opinaram: 27,0%

Dados adicionais:
É a favor das cotas e acha que a mídia discute tendenciosa e superficialmente o assunto: 22 Contra as cotas e acha que a mídia discuti tendenciosa e superficialmente as cotas: 11

É a favor das cotas e acha que a mídia discute tendenciosa e superficialmente o assunto: 34,9%

É contra as cotas e acha que a mídia discute tendenciosa e superficialmente as cotas: 17,5%

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

IV Congresso de Jornalistas e Radialistas do Maranhão


Foram três dias de intensa movimentação e debates no IV Congresso de Jornalistas e Radialistas do Maranhão, que movimentou os salões do Rio Poty Hotel, com o tema “Mídia Digital e a Democratização dos Meios de Comunicação”.

O evento reuniu os profissionais da área, e na sua grande maioria, os estudantes. A ausência do Ministro das Comunicações, Hélio Costa e da apresentadora Leda Nagle não tiraram o brilho do evento.

Destaque na noite de abertura para Caco Barcellos, da Rede Globo, que deu um verdadeiro show na sua palestra, revelando até alguns truques que usou em duas reportagens especificamente, chegando até a exibi-las, pra quem gosta de jornalismo investigativo, saiu daquela primeira noite, tenho certeza, que maravilhado.

Na sexta, entramos na seara do jornalismo esportivo, com a presença do narrador esportivo titular de esportes da rádio Jovem Pan, Nilson César. Apesar de termos visto muito pouco sobre jornalismo esportivo em si, a palestra mais parecia de auto-ajuda, de motivação, no estilo: você quer, você insiste, persiste, você consegue. Notamos ainda, a ausências dos debatedores Roberto Fernandes, Juracy Viera e Fernando Souza na mesa.

Logo após, foi a vez de surgir em cena, os diretores e proprietários das emissoras locais, cada um com seu discurso: o Rômulo Barbosa (TV Mirante) falou dos altíssimos custos dos aparelhos, da sua viagem ao Estates e ainda complementou que a TV Digital é mais complicada do que parece e exige dos profissionais da comunicação uma maior qualificação afim de que não se torne também uma fonte de desemprego. Kátia Ribeiro (TV Maranhense), explanava da mudança ao fazer uma TV digital com o pensamento analógico, Edinho Lobão (TV Difusora), por sua vez, de olho no promissor mercado da TV digital, enfatizava o lado “business” e lucrativo que a TV poderá gerar a seus proprietários, então foi inevitável a minha pergunta: O que adiantaria com o advento da TV digital, dentre outras vantagens, a melhor qualidade de recepção, se os programas locais continuarem sendo de péssima qualidade, onde cheguei até a usar a expressão um pouco forte, confesso: medíocres. Não quis de forma alguma ofender nenhum representante da mesa, mas era meu sentimento ali representado e não poderia deixar de passar a ocasião. Se perdermos esse aspecto contestador, estaremos perdendo o motor que impulsiona nossa profissão, ou no nosso caso, futura profissão.

Na palestra da tarde, Gustavo Gindré da Intervozes, desnudou de forma categórica o processo que levou o governo a adotar o modelo de TV digital a ser implantado no Brasil. Destacando ainda que ao usar uma tecnologia que não é sua, o valor da TV digital encarece ao adotar a tecnologia nipônica, pois podemos ficar dependente dos japoneses, além disso, o país precisará pagar royalites. Uma frase chamou atenção: “O Brasil comprou um cortador de grama antes mesmo de plantar a grama”. Complementou ainda que uma ação de inconstitucionalidade e uma ação civil pública devem estar sendo impetradas na justiça contra o acordo firmado para a implantação da TV digital. Eu diria que foi a palestra mais esclarecedora a respeito do tema do Congresso, muito proveitosa.

Ainda foi exibido o documentário do jovem jornalista Caio Cavechini : “Antes, um dia e depois”, com oito histórias de pessoas que passam por algum momento de transformação nas suas vidas.

No documentário, o Autor conta seus erros, medos e interage com os personagens, mostrando que aquilo está sempre em construção.

As histórias se passam em todo o País, desde o interior de São Paulo até nossa terra, isso mesmo Maranhão, mais precisamente em Santa Inês, passando também por Tocantins e Rio de Janeiro. Cada uma delas cativa o expectador, seja pela pura afeição - como no caso de Carolaine e Lorilaine, duas meninas que são acompanhadas no dia de sua adoção - ou pelo oposto disso.

Além dessa, há mais sete situações, sete vidas em mudança, que mostra um pouco da idéia inicial do documentário, se jogar no incerto. Tiri, um romeiro em sua primeira peregrinação à cidade de Aparecida que se emociona ao realizar a promessa cumprida. Paulo Afonso, prefeito que esvazia seu gabinete por não ter sido reeleito. Antônio, trabalhador do Maranhão que é libertado de uma fazenda onde trabalhava em condições de escravo. Pedro, um bispo de uma pequena cidade que se aposenta. Elivânia, mãe de uma família que é obrigada a mudar de casa por causa de uma barragem. R. Júnior, soldado brasileiro que vai para o Haiti. E Márcia, uma transexual que realiza a cirurgia para mudar sua identidade.

No último dia, tivemos a palestra do jornalista Asdrúbal Figueiró, Editor de Operações da BBC de Londres, no Brasil, que explanou sobre os impactos da Mídia Digital na Europa e EUA e a convergência das Mídias na Web. Logo após, foi a vez da palestra do Gerente Geral de Imprensa da Companhia Vale do Rio Doce, Fernando Thompson, que falou do realinhamento dos interesses da corporação aos da imprensa global num jogo de ganha-ganha, com ações que permitam um encontro dos interesses da cia. e da mídia. No debate, ele esquivou-se de comentar o processo de privatização da empresa, dizendo que não iria entrar nessa briga e que a Vale é a favor da democracia.

Não fiquei depois por motivos de ordem profissional, mas me dirigindo especialmente aos estudantes do 1º Período como eu, penso que quem entrou no curso de Comunicação sem saber muito o que era, ou que tivesse vaga noção, saiu desse congresso com duas certezas: ou se apaixonou de vez ou percebeu que não é sua praia. Certamente foi de grande valia todos os ensinamentos e muito coisa ainda vamos vivenciar nesse fascinante mundo da COMUNICAÇÃO!!!


Por Samir Ewerton

terça-feira, 21 de agosto de 2007




Esse texto foi produzido em forma de artigo científico para a disciplina M.T.E.P.B.
Trata-se de um apanhado sobre a visão mercadológica do sexo sob o aspecto da prostituição, exploração sexual infantil, pedofilia, apelação sexual na mídia e mercado pornográfico.


2 MERCADO DO SEXO
2.1 Prostituição
A prostituição absorve milhares de jovens e mulheres e gera enormes benefícios para o crime organizado. A cada ano, milhares de mulheres são traficadas para a prostituição e para a indústria do sexo em todo o mundo. As práticas são extremamente opressivas e incompatíveis com os direitos humanos consagrados universalmente. O mercado sexual é uma forma contemporânea de escravidão e vários indicadores mostram o seu aumento e expansão no século XXI.
Estima (2003, p. 01) afirmou que aproximadamente três quartos das mulheres traficadas não sabem que se destinam a clubes de strip, bordéis ou para as ruas, onde são vendidas a compradores ansiosos. A maioria das mulheres procura escapar da pobreza, da violência e da falta de oportunidades, mas uma vez sob o controle de cafetões, são apanhadas pela prostituição por coação e violência física, sexual e econômica.
A prostituição é uma procura de mercado criada por homens que compram e vendem a sexualidade feminina para seu benefício pessoal e seu próprio prazer. As reformas legais deveriam criar soluções para assistir as vítimas e condenar os culpados. O combate contra a regulação da prostituição é, assim, uma luta de todas as mulheres, porque está em causa o reconhecimento do direito da mulher à dignidade. A legalização da prostituição significa que os Estados criarão regulamentações que permitem que as mulheres possam ser prostituídas.
No Brasil, numa pesquisa do Ministério da Saúde e da Universidade de Brasília indica que no segundo semestre de 2005 quase 40% das prostitutas estavam na profissão há, no máximo, quatro anos. O Centro de Educação Sexual, uma ONG que realiza trabalhos com garotas e garotos de programa do Rio de Janeiro e Niterói, diz que a maioria se prostitui para sobreviver.
No Brasil, convive-se com projetos político-societários antagônicos e contraditórios. Esses projetos vêm-se desenrolando desde o início da década de 90, quando a exploração sexual comercial de crianças e adolescentes passou a ser foco de muitas ações de combate e prevenção. Mesmo assim, constata-se que, ao lado de um importante movimento pela cidadania, “impera” a impunidade e a justiça de classe.
De acordo com Castro (1995, pp. 149-187), a questão da prostituição perpassa a representação social de "mulher direita" e de "prostituta." Representação esta decorrente da representação dicotômica entre o "mundo de fora" e o "mundo de dentro." A cada qual correspondendo valores sociais, lugares e comportamentos antagônicos que não se interpenetram. A mulher prostituta assume então duas identidades: a de profissional prostituta, que vende o corpo, e a de mulher direita, na qual ela se torna ao sair do ambiente de trabalho. Apesar de este "ser duas" se estruturar com vergonha e culpa, configura-se como uma estratégia de sobrevivência dentro das sociedades contemporâneas, que mantêm sofisticados esquemas ideológicos de controle social e poder.
A respeito da culpa, Castro (1988, p. 127) afirma: a culpa é utilizada como uma das mais eficazes formas de controle social. A culpa garante a necessidade da ação encoberta que se fosse desvelada, no caso da prostituição, geraria uma alteridade diante do sistema, no reconhecimento da sexualidade como expressão legítima de afeto e prazer.
No Brasil já se fala em regulamentação da profissão de prostituta. O passo a passo da atuação das prostitutas no país foi esquadrinhado na nova classificação brasileira de ocupações do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O órgão do governo federal catalogou a atividade das profissionais do sexo sob o código 5198-05. Ao reconhecer esse trabalho, o Brasil deu um passo significativo para a regularização das profissionais do sexo.
É importante também lembrar que a prostituição não se resume às mulheres. A cada dia mais e mais homens também caem nesse mercado. Especialmente os homossexuais.
Pontos de encontro homossexuais têm se transformado freqüentemente em zonas de prostituição masculina. A situação é observada não apenas nos grandes centros urbanos, mas também nas pequenas cidades do interior do país.
Couto (2004) comentou que “muitos não estão ali necessariamente para fazer um programa, mas acabam topando qualquer coisa em troca de dinheiro”.
Os estrangeiros carentes de afeto são o principal alvo dos garotos de programa, geralmente nativos negros, pobres, filhos de pais separados e que não assumem a homossexualidade.
Independente de se tratar de uma prostituta ou de prostituto devemos pensar no assunto sob uma ótica imparcial. Se considerarmos o fato de que muitos se prostituem pela sua condição de pobreza, ausência de estudos, abandono familiar ou marginalização pela sociedade concluiríamos que a prostituição é a solução para seus problemas. Ocorre que muitos são coagidos a se prostituírem. E há ainda raros casos em que a prostituição ocorre pela simples busca desenfreada de sexo. O que a caracteriza como problema social e patológico.
Swain (2005, p. 95) diz que a prostituição é um trabalho e ainda, voluntário, é no mínimo, um insulto ás mulheres, é um insulto ao trabalho, é o menosprezo total das condições que levaram tais mulheres a se submeter e mesmo defender a “profissão” que exercem. O que poderia levar uma criança, uma adolescente, uma mulher a este aviltamento senão a força, o poder, o estupro, a violência social que aceita a figura do “cliente” como seqüência de corpos profanados, assujeitados, escravizados? [...] Estariam todas estas mulheres e meninas nos bordéis e nas ruas por sua livre vontade, presas de sua “natureza” perversa?

2.2 Exploração sexual infantil
Há muito se fala sobre as várias e degradantes formas da exploração sexual infantil e suas conseqüências. A prática de submeter crianças à exploração sexual é crime no Brasil previsto não somente no artigo 244 do Código Penal, mas encontra amparo também em legislações nacionais e internacionais, como pactos, convenções e protocolos que protegem a infância e a adolescência. A Convenção 182, da Organização Internacional do Trabalho, sobre as piores formas de trabalho infantil, foi ratificada pelo Brasil, Paraguai e Argentina. O texto dessa Convenção inclui a "utilização, procura e oferta de crianças para fins de prostituição, de produção de material ou espetáculos pornográficos" (Art. 3º) como uma das formas extremas de exploração da infância.
No Brasil, a violência sexual contra crianças e adolescentes tem se manifestado, sobretudo pela exploração sexual comercial (prostituição, tráfico para fins sexuais, turismo sexual e pornografia via internet e pelo abuso sexual). Os grandes avanços tecnológicos são acompanhados também pela criação de redes de pedofilia na internet. Infelizmente, os casos mais graves vêm à tona com denúncias, mas ainda de forma tímida.
As desigualdades sociais e econômicas têm dificultado, para um grande contingente da população, a compreensão do que seja “cidadania”, a noção de direitos políticos e sociais, permitindo o crescimento da violência e agravando a exclusão social.
A prostituição infantil e a exploração sexual de menores estão presentes em todas as capitais brasileiras, principalmente nas cidades litorâneas do Nordeste. Dados estatísticos comprovam que a violência dentro de suas próprias famílias levam a criança e o adolescente por este caminho, os quais são vulneráveis a esse tipo de atitude que causam danos irreparáveis para o seu desenvolvimento físico, psíquico, social e moral. Esses danos podem trazer conseqüências penosas como, por exemplo, o uso de drogas, o abandono dos estudos, a gravidez precoce indesejada, distúrbios de comportamento, condutas anti-sociais e infecções por doenças sexualmente transmissíveis.
Como toda atividade clandestina, a prostituição infantil sempre foi abafada. Na visão da grande maioria das pessoas, não só dos leigos como também dos instruídos, acreditam que os principais clientes que procuram pelos serviços das menores eram os turistas estrangeiros, que vem para o país e se encantam com as mulheres seminuas que encontram nas praias e, por que não, nas ruas. No entanto, o trabalho da polícia mostra que a maioria dos clientes são brasileiros de classe média alta e rica, empresários bem sucedidos, aparentemente bem casados e, algumas vezes, com filhos adultos ou crianças. Além dos empresários estão, também, na lista, os motoristas de caminhão e de táxis, gerentes de hotéis e até mesmo os policiais.
Já do outro lado, prova-se que as meninas são pobres e que moram em uma total miséria na periferia. A primeira relação sexual pode ter ocorrido com o próprio pai, padrasto ou até mesmo seu responsável aos 10, 12 ou 17 anos. Por este motivo as pesquisas demonstram que a garota até poderia tolerar por mais tempo a pobreza e a miséria, mas o que ela encontra em casa é a violência, o abandono e a degradação familiar. Para elas, talvez, seja mais fácil encontrar as dificuldades da prostituição nas ruas do que enfrentar os distúrbios de homens, que ao invés de dar-lhes proteção, abusam delas sexualmente.
Guimarães (2004, p. 03) diz que algumas vezes a mãe não sabe o que acontece ao seu redor, acredita que sua filha possa estar trabalhando em algum lugar "decente" e não tem a mínima idéia de que ela possa estar fazendo programas. Já em outros casos, os próprios pais as levam para se prostituírem. É um trabalho rentável e que gera lucro a toda família, sendo a garota a única prejudicada. Assim, as meninas prostituídas passam a apresentar numerosos transtornos orgânicos e psíquicos, como por exemplo, baixa auto-estima, fadiga, confusão de identidade, ansiedade generalizada, medo de morrer, furtos, uso de drogas, doenças venéreas, irritação na garganta e atraso no desenvolvimento.

2.3 Pedofilia
A Pedofilia é um transtorno parafílico, onde a pessoa apresenta fantasia e excitação sexual intensa com crianças pré-púberes, efetivando na prática tais urgências, com sentimentos de angústia e sofrimento. O abusador tem no mínimo 16 anos de idade e é pelo menos 5 anos mais velho que a vítima.
O abuso ocorre em todas as classes sociais, raças e níveis educacionais.
A grande maioria de abusadores é de homens, mas suspeita-se que os casos de mães abusadoras sejam sub-diagnosticados.
Parisotto (2007) comenta que existem 4 faixas etárias de abusadores: jovens até 18 anos de idade, que aprendem sexo com suas vítimas; adultos de 35 a 45 anos de idade que molestam seus filhos ou os de seus amigos ou vizinhos; pessoas com mais de 55 anos de idade que sofreram algum estresse ou alguma perda por morte ou separação, ou mesmo com alguma doença que afete o Sistema Nervoso Central; e aqueles que não importa a idade, ou seja, aqueles que sempre foram abusadores por toda uma vida.
O sexo praticado com crianças geralmente é oro-genital, sendo menos freqüente o contato gênito-genital ou gênito-anal.
As causas do abuso são variáveis. O molestador geralmente justifica seus atos, racionalizando que está ofertando oportunidades à criança de desenvolver-se no sexo, ser especial e saudável, inclusive praticando sexo com a permissão desta. Pode envolver-se afetivamente e não ter qualquer noção de limites entre papéis ou de diferenças de idade.
Quando ocorre dentro do seio familiar (o abusador é o pai ou padrasto, por exemplo), o processo é bastante complicado. Normalmente interna-se a criança para sua proteção, e toda uma equipe trabalha com o clareamento da situação. Por vezes, a criança é também espancada e deve ser tratada fisicamente. A família se divide entre os que acusam o abusador e os que acusam a vítima, culpando esta última pela participação e provocação do abuso. O tratamento, então, é inicialmente direcionado para a intervenção em crise. Depois, tanto a criança, quanto o abusador e a família devem ser tratados a longo prazo.
Devido ao fato de abuso de menores ser um crime, o tratamento do abusador torna-se mais difícil.
As conseqüências emocionais para a criança são bastante graves, tornando-as inseguras, culpadas, deprimidas, com problemas sexuais e problemas nos relacionamentos íntimos na vida adulta.

2.4 Apelação sexual na mídia
Segundo Marcondes Filho (1986, p. 21) o erotismo transmitido pela televisão, pela publi¬cidade ou pelo cinema carregado de apelos sexuais, atua de forma impositiva. A sexualidade aí não é um ato em que existe a troca, a comunicação, o atuar e o participar junto. Os meios de comunicação, ao con¬trário, apresentam um modo já ritualizado e codifi¬cado de "prazer". Trata-se da utilização, nos gestos eróticos, de movimentos e ações sígnicas, que buscam substituir (por pretender ser sua síntese) a verdadeira atividade sexual. Há a simulação, a caricatura: com a aparência de sexualizar, realiza-se a dessexualização pela redução do sexo ao mecânico, automático, repe¬titivo e vazio.
Na verdade, além de impositivo, o erotismo industrializado pêlos complexos de comunicação para massas é opres¬sivo. Em relação ao homem como receptor (ou seja, nos casos em que se mostra a mulher se despindo ou rebolando de maneira erótica), o fenômeno apresen¬ta duas faces: de um lado, forçando o receptor a uma sensibilização; de outro, exigindo-lhe uma posição (ou uma reação contra isso). De qualquer forma, é-lhe exigida uma manifestação. O erotismo explora elemen¬tos frágeis da afirmação sexual masculina, prejudicada pelo complexo de castração não resolvido. A cobrança de masculinidade permanente é sua opressão.
Embora a cultura do erotismo, produzida indus¬trialmente, tenha essa dimensão opressiva, é o próprio homem que promove esta prática, num jogo alucinan¬te e inconsciente de sadismo e masoquismo. Em seu limite, a promoção das formas de sexualidade sígnica (desde o strip-tease até os bailes de carnaval) promo¬ve o homossexualismo. A indústria da erotização femi¬nina procura exaurir da mulher a feminilidade e a ca¬pacidade de troca, seu caráter humano, deixando-lhe apenas o signo do objeto. A mulher, tornada produto do consumo voyeurista, tem sua sexualidade real neu¬tralizada. Reduzida a signos frios e autonomizados, ela funciona como armadura abstrata de uma idéia de prazer sexual. Neste sentido, pela exclusão das possi¬bilidades reais, humanas, de comunicação e de inter¬câmbio, o homem a negando revela uma postura antes homossexual. O temor da relação igualitária, portanto, bissexual, está na base dessa distinção. A imposição dessa lógica deve-se à dominação masculina na socie¬dade, que será tratada mais à frente.
O erotismo mostra quase tudo. É neste "quase" que está seu maior perigo. No passado, as mulheres mostravam apenas o calcanhar e no trabalho de "des¬coberta" ou de conhecimento privado do corpo do outro se encerrava essa relação dual. Hoje, a mulher esconde apenas a vagina. De um processo de redução crescente da roupa da mulher e em sua aparição em público, que foi subindo cada vez mais o vestido e desnudando progressivamente a parte superior de seu corpo, chega-se na atualidade à cobertura exclusiva de seu sexo. A mulher nua é menos erótica que a mulher com um minibiquíni: o erótico não está na roupa, mas no encobrimento (no segredo, no escondido, no impenetrado, daí as fantasias masculinas, formas que na linguagem simbólica estão condensadas nas pas¬sagens secretas, nas cavernas, na excitação pelo des¬conhecido).
A redução da roupa, assim, limitando a possibili¬dade do prazer a um pequeno território institucionali¬zado como "de prazer", além de objetificar mais nitida¬mente a mulher e depreciá-la como um objeto não total de desejo, separa na prática os sexos e tende à homossexualidade.
A nudez total desfaz o código consumista e ideologicamente mar¬cado pela lógica da mercadoria e da dominação do homem, pois dissolve o mistério do secreto, objeto de toda a indústria de exploração publicitária. A nudez completa é a devolução do próprio caráter integral do sujeito, na medida em que não apareça como repre¬sentante de uma sexualidade reprimida, a saber, como erotismo. O espontâneo na nudez é o que é natural, dimensão esta absolutamente banida da industrializa¬ção do desejo pêlos engenheiros da cultura capitalista.
Marcondes Filho (1986, p. 24) afirma também que no rebolar, na dança do ventre e da vulva instala-se o simulacro. É a simulação de uma determinada sexualidade, que se impõe como única e que ultrapassa o plano do não-codificado, que é o de suas demais formas. Por serem uma padronização daquilo que deve¬ria permanecer livre e espontâneo, essas formas tor¬nam-se meras caricaturas. Toda padronização corres¬ponde a uma submissão à lei, à ordem.
É do interesse do modo capitalista de pensar o imediatismo do consumo, a não-reflexão sobre a natu¬reza do desfrute, a oralidade, o prazer do aqui e agora. O capital não questiona os princípios, a história, as inter-relações, em suma, a totalidade. Em matéria de sexualidade, os princípios do capitalismo são o gozo imediato, o prazer a dois, a satisfação narcisista do desejo. Sexo, bebida, diversão, "curtição" são as máxi¬mas de sua prática. A redução da sexualidade a valores de mercadoria está vinculada à política do amor livre, de autonomização sexual de parceiros acima de qual¬quer ideologia da troca entre individualidades, da "transa" inconseqüente e vai destas formas até as ma¬neiras mais institucionalizadas de prostituição, "saunas" e massagens. Em tudo, o mesmo princípio de masturbação a dois, de prazer solipsista e unilateral.
A televisão, o cinema, a publicidade não mostram o nu masculino nem o homem em poses eróticas; isto pareceria demasiado grotesco. Em relação ao homem não há essa mística do ver (mostrar) o encoberto, como ocorre com a (mulher reduzida à) vagina feminina. En¬quanto o sexo feminino é visto como "projeção ima¬ginária" das fantasias masculinas (embora, ao mesmo tempo, como cobrança e terror pela exigência de ereção permanente), o nu masculino funciona como desa¬fio à masculinidade também, mas não como signo (por¬tanto, neutralização) e sim como atemorização real. A frágil segurança da masculinidade do machismo fica in¬defesa ante um membro ereto: não possui armas ins¬tituídas para racionalizá-lo. A ameaça, portanto, é a do retorno do reprimido de forma intimidadora. Eles escolhem a mulher co¬mo objeto sexual na sua infância até o momento em que pressupõem também nela a existência desta parte do corpo que lhes é imprescindível; com o convenci¬mento de que a mulher falha neste aspecto, ela se tor¬na inaceitável como objeto sexual... Eles permanecem no desenvolvimento do auto-erotismo para o amor objetal, fixados em um lugar, próximo ao auto-erotismo.
Com isso se justifica a relativa maturidade da mu¬lher em relação à sexualidade em comparação com uma situação frágil e incipiente da sexualidade mascu¬lina. Por ter a mulher abandonado a concorrência com o pênis masculino e superado através disso sua "infe¬rioridade" sexual, ela passa a encarar sua relação com os objetos de descarga afetiva e libidinosa de forma a investi-los de valor. Contrariamente, o homem, por não se ter livrado do problema da dualidade ereção/ castração, permanecerá voltado para o investimento li¬bidinoso interno, sempre na busca de prazer que sacie seu pânico da castração. Nesse sentido, não pode orien¬tar a mobilização de energia libidinosa a um objeto, a não ser que este funcione como veículo, instrumento de um desejo, cuja realização é, entretanto, puramente narcisista.
Os rebolados, as danças eróticas da TV, do cinema, do teatro, do carnaval significam uma "masculinização" do psiquismo feminino em relação às eleições desses objetos parciais como simbolizadores fetichistas do sexo. Enquanto, entretanto, isso funciona na mulher como um "ceder às regras do jogo" para ganhar di¬nheiro, projeção, fama, casamento etc., para o homem esse é o jogo todo e o único possível.
A problemática da sexualidade, da forma como ela se manifesta na produção da cultura em massa, é tipi¬camente masculina. Ela se impõe como dominante e nuclear por motivo da dominação do homem (do "pen¬samento masculinista" que pode estar presente tanto no homem como na mulher) sobre a mulher.
Ambas as formas representam estratégias correla¬tas para materializar a mistificação da sexualidade e sua des-humanização, facilmente captáveis e transfor¬máveis em mercadorias de uso e exploração do capital.
Erotismo é materializável. Peças de roupa, ador¬nos, pinturas procuram concretizar o apelo sexual. Bus¬cam compor os elementos desta semântica sexual que fala sem que os sujeitos precisem pronunciar palavras. Ligado a isso e em torno disso que gira o mercado pornô.
2.5 Mercado pornô
O mercado pornográfico é um dos mais rentáveis negócios de todos os tempos. Larry Flynt, empresário e dono do império Hustler, retratado por Milos Forman e Oliver Stone no filme “O povo contra Larry Flynt”, Bob Guccione, da revista Penthouse e Hugh Hefner, dono do Império Playboy, compõem alguns desses milionários da exploração da fantasia sexual. Não esquecendo, porém, que uma fatia gigantesca desse mercado é dominado pelo crime organizado.
Entretanto, a mais nova, rentável e promissora ferramenta desse mercado é a Internet. Com um sucesso devastador e arrecadação bilionária, esse novo negócio aumenta cada vez mais o impulso pornográfico no planeta. Demonstrando, com isso, que, nos próximos anos, boa parte dos lares, com acesso a WEB, estarão conectados em páginas com conteúdo pornográfico. Desfrutando das imagens de corpos nus, sexo e prazeres oferecidos.
Porém, essa ferramenta tem causado problemas e constrangimentos diversos. A Pedofilia, considerada a mais grave infração permeada pela web, tem fortalecido um mal, inigualável, aos jovens e crianças deste mundo. E pessoas tem sido encarceradas pela prática e divulgação de imagens de sexo com crianças. Além do que, outras aberrações tem sido demonstradas, como, por exemplo, a zoofilia. Aliás, dia desses, um americano morreu por ter sido sodomizado por um cavalo. Entretanto, essa prática é legal em alguns estados americanos, onde existem ranchos e fazendas para concretizar o sonho sexual de algumas pessoas com animais.
O problema mais grave, entretanto, é a divulgação e disseminação da pornografia. Pois, alguns empresários da pornografia, usam métodos parecidos com o tráfico de drogas. Primeiro eles oferecem de graça. Depois eles começam a cobrar. Aliás, é desse jeito que o império das ilusões e da criminalidade tem florescido. Agora, qualquer pessoa obtém imagens e vídeos da pornografia, de maneira fácil e gratuita. Onde, muitos milhões de incautos, têm seguido o roteiro dos sonhos proibidos e não sabem que estão doentes. Sim, doentes e viciados, pois o mecanismo da pornografia é o mesmo do Alcoolismo. Mesmo porque, clínicas psiquiátricas e psicológicas, de atendimento desses problemas, já estão sendo espalhadas pelo planeta. E terapeutas familiares têm travado uma batalha árdua nos lares.
Assim, interessados nessa manobra, estão alguns donos de Revistas pornográficas - que controlam, muitas vezes, impérios de publicação ou canais de televisão, a Máfia dos diversos paises, o crime organizado, o narcotráfico, empresários da prostituição, o mercado dos filmes adultos, a indústria do divertimento, alguns grandes conglomerados da internet, algumas empresas de chats e telefonia celular, etc.
Dezenas de milhões de lares no planeta já foram invadidos, sem que as pessoas, pais e mães, ou um ou outros, saibam. E é tão grave o assunto, que a maioria dos que acessam a pornografia da rede mundial de computadores é adulto, masculino, dos 18 anos para cima, com picos nos da meia idade. Pessoas muito inteligentes e que desenvolveram aptidão para olhar imagens e textos pornôs.
Segundo Lorente (2004) , a pornografia tem destruído muitos lares. Pois quando o outro cônjuge, pais, familiares, descobrem, já parece, irremediavelmente, tarde demais. Portanto, em menos de 4 anos, mais lares foram destruídos pela pornografia do que o comparativo dos últimos 50 anos. Isso acontece, sem distinção de nacionalidade, cor, etnia ou credo religioso.
Aliás, começa assim: por pura curiosidade, a pessoa envolvida, acessa uma vez. Ai, geralmente, motivadas por um e-mail de conteúdo pornográfico ou oferecimento de um produto com conotação sexual; ou algumas produtoras da WEB que trazem garotas nuas para serem vistas pelos seus assinantes; aquele negócio da garota da semana começam a ver mais e mais vezes. Isto mesmo, só curiosidade. Logo depois, começam a acessar os diversos mecanismos de buscas. Usando palavras, frases, palavrões, órgãos do corpo, partes íntimas, adjetivos, etc., acessam imagens que levam às páginas dos produtores dessas fotos, que podem ser copiadas. Depois, já nessas páginas, outras imagens, mais fortes e mais fortes. Levando ao frenesi do pensamento de alguém que sabia disso, mas não havia visto ou sentido isto. Porém, o gratuito começa a ser cobrado por cartão de crédito, débito ou boleto bancário.
Com "atendimento personalizado", a indústria pornográfica vende sexo a milhões de pessoas pela TV e pela Internet, ferramentas que transformaram um dos negócios mais antigos e desprezados do mundo em um dos mais sólidos e rentáveis da atualidade.
Em quartos de hotéis luxuosos, em casa ou no escritório. Em qualquer canto do planeta, seja pela Internet ou pela TV a cabo ou via satélite, o "cinema para adultos" está ao alcance de todos os interessados.
Lorente (2004) afirmou que trinta milhões de pessoas se conectam diariamente na rede mundial de computadores procurando imagens de sexo explícito em alguma das 260 milhões de páginas que oferecem pornografia, segundo um estudo da empresa de pesquisas sobre a Internet N2H2.
Segundo a revista Forbes em todo o mundo, 250 milhões de pessoas são consumidoras dos produtos e serviços desta indústria, que registra lucros da ordem de 60 bilhões de dólares ao ano.
Lorente (2004) fala que só nos Estados Unidos, os lucros estão avaliados entre 9 e 13 bilhões de dólares ao ano, segundo números extra-oficiais. Destes, cerca de 6 bilhões correspondem à venda de DVD’s e fitas de vídeo.
Neste país, considerado a Meca do pornô, os lucros com as vendas de sexo - que inclui cinema para adultos, serviço de acompanhantes, revistas, clubes noturnos e sex shops, entre outros - duplicam os dos principais canais de televisão do país.
No Brasil - o principal produtor de cinema para maiores da América Latina -, o setor tem um faturamento de 30 milhões de dólares ao ano, segundo a Associação Brasileira de Empresas do Mercado Erótico.
E este mercado está em franca expansão: depois da desvalorização do real, americanos e europeus vêm ao Brasil para rodar filmes mais baratos, atraídos por praias paradisíacas e mulheres belíssimas.
A demanda para este tipo de filmes cresceu tanto que famosas e luxuosas redes de hotéis mundiais, assim como canais de TV por assinatura e sites de entretenimento na Internet caíram na tentação de oferecer sexo explícito em sua programação.
"Somos um negócio de primeira ordem e ponto final", disse, categórico, Steven Hirsch, presidente dos estúdios Vivid, principal distribuidor de filmes de sexo explícito para grandes redes de entretenimento, como AOL Time Warner, AT&T e Direct TV.
Sexo vende muito e as grandes empresas querem sua fatia do bolo.
Os americanos gastam mais de dez bilhões de dólares por ano com pornografia, o mesmo que em ingressos para o cinema, segundo a revista especializada Adult Video News (AVN), a publicação mais respeitada do setor.
Nos Estados Unidos, os aluguéis de fitas de vídeo e DVD’s com cenas de sexo explícito aumentaram de 450 milhões em 1992 para 800 milhões em 2002, quase o dobro numa única década.
Schlosser (2004, p. 86) disse em 2001, os americanos gastaram 465 milhões (de dólares) em filmes pornô 'pay per view' em suas casas e a maior parte deste dinheiro foi para gigantes do entretenimento, como AOL Time Warner e AT&T.
A demanda por pornografia é tão alta que até grandes corporações como AT&T, General Motors e as redes de hotéis Marriot foram em busca de sua parte no bolo e se tornaram sua principal distribuidora.
Nos Estados Unidos, o epicentro da indústria fica em Chatsworth, em San Fernando Valley (Los Angeles, noroeste), onde estão mais de 200 estúdios.
No vizinho México, a indústria pornográfica começa a emergir e os empresários do setor estão em busca de um mercado de cem milhões de pessoas, que até agora consome este tipo de produtos em versões pirata.
Os produtores querem investir milhões no setor, mas antes querem saber das possibilidades de filmar no país, onde a lei proíbe a produção de filmes pornográficos com atores locais. É que produzir filmes na América Latina tem suas vantagens, sobretudo econômicas.
No Brasil, por exemplo, se pode "fazer um filme de 90.000 dólares por trinta ou quarenta mil, o que torna possível fazer filmes espetaculares com um orçamento mais aceitável para a economia atual", explicou o diretor de cinema John T. Bone à revista AVN.
O Rio de Janeiro sedia a VSDA (Video Software Dealer's Association), que convoca milhares de participantes do mundo inteiro.
Já em Las Vegas, a "cidade do pecado", se realiza a Convenção Anual do Pornô, organizada pela AVN News, que reúne num único lugar a maioria dos estúdios que produzem e distribuem filmes de sexo, ao lado de proprietários de sex shops, empresários de televisão e, certamente, simpatizantes e curiosos.
Mais de 30 mil pessoas visitaram a Convenção no ano passado, da qual participaram 250 estúdios de todo o país, informou a revista AVN.
Mas a Convenção é conhecida especialmente porque durante a sua realização se celebra a entrega dos AVN Awards, uma espécie de Oscars da indústria pornô, que também têm sua versão européia: os "Hot D'Or Awards", celebrados anualmente em Cannes, França.
Segundo um estudo do site TenTop Reviews, crianças e adolescentes são os principais consumidores de pornografia.
A indústria parece não ter limites em muitos países do mundo e muitas vezes usa crianças para satisfazer a demanda de seus consumidores.
O negócio da pornografia infantil - fortemente condenado e perseguido por autoridades do mundo inteiro - gera 3 bilhões de dólares de lucro ao ano, segundo uma empresa de filtragem de mensagens na Internet.

domingo, 5 de agosto de 2007

Essa Saiu no Dr. Pêta - Jornal Pequeno (05.08.2007)

Pra fechar, olha só os desabafos!!!

Esse veio lá do outro lado da Barragem para o Dr. Pêta!!! “Na última prova aplicada para verificar o índice de aproveitamento dos alunos das Universidades, a Ufma conquistou ‘conceito elevado’ em seu curso de Radialismo, o que para alguns foi admirável!!! A verdade é que realmente chega a ser fator surpresa para pessoas que desconhecem o empenho e a dedicação dos alunos da habilitação!!! E, porque não dizer, das três habilitações (Jornalismo, Relações Públicas e Radialismo), que são ministradas em condições já não tão precárias, diante das situações anteriores – mas que, em plena era digital, ainda deixa muito a desejar –, e de alguns professores que se dedicam para modificar o quadro de calamidade, de ineficiência, falta de decoro, postura, e, porque não dizer, excesso de preguiça de alguns outros docentes que por vezes chegam a ser indecentes!!! É fato que o ensino superior brasileiro está ruim das pernas e precisa de alguns muitos ajustes. É fato também que não se pode generalizar e culpar só o governo federal pelo atual estado dos centros de produção de saber, pois existem coisas que estão ao nosso alcance que às vezes, por ausência de iniciativa e por excesso de conformismo, deixamos passar e tudo continua na mesma. Alunos desestimulados, professores faltosos, âmbito físico decadente, âmbito social inexistente... Pessoas maduras constroem ambientes maduros. Pessoas decentes geram atitudes decentes. Dentro do nosso centro universitário federal existem professores e professores como em qualquer outra instituição. Professores gabaritados e professores despreparados, ou melhor, preparados apenas para receber o contracheque de servidor público federal. Nós temos que render palmas a alguns professores de nossa instituição e em especial ao Curso de Comunicação Social e mais especificamente aos professores do curso de Radialismo, que, sem exagero, fazem das tripas coração para ministrar aulas dignas. E rendamos algumas vaias a alguns professores de nossa instituição. Professores sem nenhum tipo de preparo ou de boa vontade, sem nenhuma garra e vontade de mudança. Professores que querem alunos alienados, e que não se sentem satisfeitos em notar a produção de seus alunos como fruto de um esforço, fruto da sua dedicação. Professores como um certo organizador de congressos. Organizador esse que diz abrir oportunidades a seus alunos; que diz ter carreira inegável e até mesmo invejável dentro da comunicação de nosso estado; ético, competente e construtor de parte da mídia maranhense. Quantos atributos! Quantos feitos! Uma pessoa como essa, com essa história desbravadora, deveria ter mais a oferecer, se não fosse de postura duvidosa”. Saaaaaaaaaaaaai!!!

sábado, 28 de julho de 2007

As manchetes do futuro

Na coluna Nossa Bússola, do jornalista Ricardo Neves, publicada na Revista Época de 28/05/2007, topei com esse título ai, As manchetes do futuro, que achei interessante comentar aqui. O futuro, mesmo imediato, já é um enorme desafio prever. Transcrevo aqui as manchetes relacionadas na reportagem, com um ou outro comentário meu entre parênteses no final de cada texto. O agrupamento dos tópicos seguiu apenas o critério que costumo utilizar em todas as postagens, de não fazer parágrafos longos para não dificultar a leitura:

1-Noventa e sete por cento dos domicílios estão conectados com a grande rede global de comunicação digital e praticamente todos os brasileiros têm acesso a essa rede; 2-Os jornais diários em papel acabaram e o mercado de livros vem paradoxalmente crescendo com extrema vitalidade (tem coisa melhor que ler um livro em papel, que serve para ser usado em qualquer lugar a qualquer hora?); 3-A expectativa de vida ao nascer nos países escandinavos já alcançou os 97 anos para as mulheres e 95 para os homens; 4-A eutanásia, como um direito dos indivíduos, foi finalmente reconhecida pela Suprema Corte dos Estados Unidos.

5-Filmes e músicas não são mais comprados nem alugados em loja (o modelo de negócios de aluguel de serviços e equipamentos já existe nesse ano de 2007, e a previsão é de que em breve deve se expandir para aluguel de equipamentos domésticos, atingindo televisão, geladeira, computador, etc.); 6-A Síndrome da Sobrecarga Cognitiva (SSCC) é uma das principais razões de pedidos de aposentadoria por questões de saúde (síndrome dos tempos modernos, corresponde à sobrecarga de informações atualizadas em espaço de tempo muito curto, à necessidade de guardar links e caminhos de acesso à informação para se manter atualizado e à urgência que o mundo conectado tem em acessar sítios na web e canais de noticias e informação na TV para ficar sabendo de detalhes minúsculos das manchetes, que normalmente não afetam em nada na visão mais ampla do problema. Referência sobre o tema, aqui).

7-A frota mundial de carros atingiu a marca dos 2 bilhões de veículos. Em 2000, eram 700 milhões (infelizmente, essa situação é resultado do nosso individualismo e da falta de visão sistêmica dos administradores públicos em todos os níveis, que apenas conseguiram agravar o problema ao tentar resolver seus sintomas e não atacar o problema fundamental. Ao invés de se investir em transporte público de boa qualidade, tirando carros particulares das ruas e favorecendo os sem-carro que são a esmagadora maioria em qualquer lugar do mundo, fez-se o contrário: investiu-se em combustíveis alternativos como por exemplo o álcool carburante, para permitir que todos continuassem felizes para sempre andando cada um no seu próprio carro); 8-Para se livrar dos congestionamentos, cada vez mais pessoas optam por morar nas chamadas “centralidades urbanas” (essa é uma decisão brilhante para quem mora em grandes centros, mas que tem custo alto, pois geralmente as centralidades urbanas têm custo muito alto por metro quadrado. Essa solução foi amplamente comentada no livro O ócio criativo, do autor italiano Domenico de Masi); 9-Os riscos de conflagração militar se tornaram pontuais. Com isso, os exércitos sofreram um processo radical de reengenharia.

10-O hidrogênio vai se tornando a verdadeira fonte de energia da era digital, da mesma forma que o minério foi a base da Revolução Industrial e depois o petróleo no caso da sociedade pós-industrial (em Londres, nesse ano de 2007, já existem ônibus urbanos movidos a hidrogênio circulando, e os carros produzidos pela empresa Microcab começam a ser comercializados, com autonomia de 160km e “poluindo” o ambiente com água, precisa melhor?); 11-O Brasil e todos os paises das Américas assinaram a formalização da União das Américas (UA), envolvendo 38 paises da Patagônia ao Alasca (parece um sonho distante, pois isso envolveria os EUA e Canadá, que hoje não precisam do resto do mundo para nada. Mas esse cenário tende a mudar e muito rapidamente, caminhamos para um mundo onde a colaboração e cooperatividade vão ser obrigatórias, por questões de sobrevivência); 12-A profissão de médico já não atrai mais a juventude e vários cursos estão sendo fechados. Salários baixos e poucos empregos são as razões. Mesmo três anos após a formatura, apenas um de cada dois formandos da área médica encontra um emprego com salário comparável ao de um motorista de ônibus; 13-A Assembléia-Geral das Nações Unidas aprovou hoje um fundo especial para a reengenharia governamental (esse fundo seria usado para implantar a tão falada governança nos governos federais de todos os países, eliminando problemas, implantando transparência administrativa e financeira, evitando e tornando mais fácil identificar os famosos ralos de desvio de dinheiro e, principalmente, acabando de vez com a questão do suborno na área pública, que é um problema mundial existente em qualquer pais do globo, não sendo privilégio dos países menos desenvolvidos).


Fonte: http://zeluisbraga.wordpress.com/

quinta-feira, 26 de julho de 2007

O cristianismo e o processo revolucionário

[Este é o texto que compôs, junto com outros, o primeiro trabalho de Sociologia (23/07/07), cujo tema era Marx. Ele foi feito com base em textos bíblicos e marxistas; e seu estilo debochado e irônico já indica que não se trata de um trabalho estritamente acadêmico e não se pautou em uma pesquisa excessivamente longa e profunda. Por isso é normal, e quase necessário, que haja quem discorde dele. Portanto sinta-se à vontade para criticar e falar mal o quanto quiser].

Apesar da notória incompatibilidade entre a doutrina cristã e a ideologia marxista, é comum, quase inevitável, nos depararmos muitas vezes com essa aberração ideológica: o marxista cristão.

Ser cristão – ou pelo menos ser definir como tal – e ser, ao mesmo tempo, adepto das teorias marxista é quase tão bizarro e estúpido quanto ser um judeu-nazista, um negro do ku klux klan ou um político brasileiro honesto.

Dom Hélder Câmara, el azorbispo de la revolución, e Leonardo Boff, o frei petista, são os mais ilustres representantes dessa anomalia sem sentido. Na América Latina, um continente pobre e oprimido pelo imperialismo, a Teologia da Libertação ganhou força, nas décadas de 60, 70 e 80, graças ao esforço de clérigos revolucionários como eles. Eles queriam usar o materialismo dialético para explicar a Bíblia e foram, com razão, impedidos pelo Vaticano de proferir suas idéias demasiado heterodoxas.

Jesus, em vida, era uma propaganda anticomunista em pessoa. Ele próprio era uma contradição. Pregava o anticomunismo e anticapitalismo antes mesmo deles existirem. Mil e oitocentos anos antes de Marx, Jesus já sabia que “a história de todas as sociedades tem sido até hoje a história da luta das classes” e que “o poder político é o poder organizado de uma classe para a opressão de outra” (Marx e Engels, 1872). Já sabia que sempre existiu o explorado e o explorador. E mesmo sendo da classe oprimida não lutava contra a desigualdade ou contra os romanos que os exploravam.

Ele pregava a resignação, o contentamento: “Se alguém te ferir a face direita, oferece-lhe também a outra face” (Mt. 5, 39); “Bem aventurados os pacíficos, porque serão chamados de filhos de Deus” (Mt. 5, 9). Para ele todas as reparações pelas injustiças terrenas seriam feitas depois da morte, no Reino dos céus. Sendo assim, para quê lutar na Terra se seremos recompensados por nossa pobreza quando morrermos? Para quê aumento de salário, previdência social ou reforma agrária?

É claro, Jesus nunca se agradaria com o proletariado revolucionário de Marx. E Marx sempre odiou a resignação pacífica de Jesus. Quando disse que “a religião é o ópio do povo”, ele também quis dizer: o cristianismo é o ópio do povo. Talvez Marx pensasse que Jesus fosse uma espécie de pequeno-burguês, que seguia os desígnios das classes dominantes para manipular o povo ou coisa parecida.

Alguns historiadores acreditam que Barrabás, o ladrão, não era um simples ladrão como diz a Bíblia, mas sim um líder revolucionário; um Che Guevara dos hebreus lutando para libertar seu povo do jugo cruel dos romanos. Jesus, devido a sua imensa popularidade, foi cooptado várias vezes para insuflar uma revolta contra os romanos. Ele tinha esse poder, foi morto por esse motivo, mas nunca aceitou liderar uma revolta. Ia contra ao que ele pregava. Por isso, na Páscoa, escolheram Barrabás. Os insurgentes não tinham mais expectativas com Jesus. Barrabás queria lutar, Jesus não. Jesus foi morto, Barrabás também. Os socialistas são Barrabás e os cristãos são Jesus.

Por tudo isso e muito mais, não é nenhum exagero dizer que todo marxista que se preze tem, por obrigação, que queimar a bíblia e cuspir na cruz. Claro! Ao mesmo tempo que todo cristão digno tem o dever de se benzer e rezar um pai-nosso sempre que passar por um comunista. É estapafúrdio pensar em uma mentalidade esquerdista na Igreja. Por isso, todo cristão deve ser, independente de sua classe social, um conservador. E todo marxista deve ser, inexoravelmente, um anticristão.

Enviado por Francisco Neto

A caixa do PAN (dora)

Atualmente os noticiários nacionais só falam do Pan e das seis medalhas douradas no Tiago Pereira. Parece até que não há mais o que noticiar.

Desculpem-me. É que eu esqueci de uma coisa: os deputados e senadores estão de recesso. Talvez tenham levado consigo para suas férias nas Ilhas Caymam os traficantes cariocas e todos os males que a caixa de Pandora liberou no mundo (lembra do mito grego?). Melhor, eles trancaram todas as mazelas da nação na dita caixa e enfiaram-na sabe-se lá onde. Pelo menos alguma coisa boa teriam que fazer para justificar o mandato.

Que bom que pro bem da Rede Globo e demais emissoras do país o vôo 3054 da TAM caiu matando 188 pessoas e o ACM em um ato de suprema solidariedade com os meios de comunicação do país morreu. Pelo menos assim podemos ver a realidade de volta aos telejornais do Brasil. Não que o Pan não seja real. Ele é e muito, mas, por favor, há coisas importantes para a nação que estavam sendo deixadas de lado.

Não sou contra o esporte e suas manifestações. Que isso fique bem claro! Mas acho que não se pode achar que o país é dourado só por que temos um grande evento acontecendo aqui. Minha crítica é contra a mídia e seus tendenciosismos.

Aliás, que fique bem claro que são poucas as vantagens de receber um Pan. A herança mais valiosa do Pan do Rio é a reforma de hospitais, do autódromo de Jacarepaguá e o novo estádio Olímpico. Heranças essas que só beneficiarão o Rio de Janeiro. E benefícios esse que são dever do governo independentemente de haver ou não um evento da magnitude dos jogos Pan-americanos.

Há também o fato de o Pan não ser essa oitava maravilha do mundo como parece. Muitos atletas nacionais para participar do evento tiveram que arcar com os custos da competição por conta própria. Saber por quê? Adivinha! A verba que seria destinada a eles foi cortada pelo governo federal.

Para Gilmar Mascarenhas, especialista em geografia do esporte da UERJ, o Pan virou “uma grande oportunidade de negócios com farto subsídio público” para empresas, em detrimento da cidade. O professor da Escola de Sociologia e Política de Paulo, André Viana, disse que “nunca se investiu tanto num Pan quanto o do Rio” e “que o retorno será positivo em forma de impostos” (Superinteressante, ed.240, junho/2007).

Percebemos, portanto, que a opinião não é consensual, mas certamente os retornos não serão tão grandes quanto os investimentos realizados. Ano que vem tem Olimpíadas em Pequim e quem sabe a caixa de Pandora volte e leve consigo nossas mazelas.

Enviado por Jock Dean

terça-feira, 24 de julho de 2007

Prof. Dr. Juan Díaz Bordenave em São Luís - Aula inaugural do curso Comunicação e Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes


No Maranhão pela primeira vez, o especialista em comunicação e educação e consultor internacional para o desenvolvimento e educação, Prof.º Dr. Juan Díaz Bordenave, fará uma palestra sobre a importância estratégica e política da comunicação. A atividade é aberta ao público e será realizada no dia 24 de julho, às 19h, no auditório do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho.

Juan Díaz Bordenave tem vasta experiência em educação de adultos, principalmente os de escolarização precária, típica das classes menos favorecidas dos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. Ele é autor dos livros “O Que é Comunicação”, “Além os Meios e Mensagens”, “Estratégias de Ensino-Aprendizagem” e “O que é participação”.

A palestra será a aula inaugural do Curso Comunicação e Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes, promovido pela Agência de Notícias da Infância Matraca, e que tem por objetivo proporcionar a estudantes de Comunicação Social contato com temas como: Direitos Humanos, ECA e Sistema de Garantia de Direitos, Trabalho infantil, Violência, Medidas Sócio-educativas, Situação de Rua, Gênero e Etnia, Campo de Trabalho, Mobilização Social, Cobertura Positiva, entre outros.

FONTE: UFMA

terça-feira, 17 de julho de 2007

A leitura como um ato político

[O seguinte texto foi elaborado a título de conclusão da apresentação do grupo seis (Caio, Carlos, Caroline Veloso, Eduardo, Francisco, Keity, Nathália, Samir e Tarciso), no seminário de M.T.E.P.B., dia sete de junho de 2007. O trabalho, cujo tema era “Diretrizes para a leitura, análise e interpretação de texto”, foi baseado na obra de Antonio Joaquim Severino, Metodologia do Trabalho Científico, e seu conteúdo é de total responsabilidade de seus idealizadores].

Os pontos que, de forma bem clara e didática, foram aqui abordados não visam somente ditar aos estudantes diretrizes básicas para o desenvolvimento de uma postura lógica na compreensão de textos científicos e filosóficos, mas também dar a eles um instrumento eficaz para compreender sua própria realidade.

A leitura não se resume só à análise e interpretação de textos. Ler significa desvendar os sistemas simbólicos do mundo, e por isso é essencial na elucidação dos mistérios dos céus e da Terra, na compreensão da vida e no entendimento da origem e evolução das sociedades.

A leitura pela simples leitura é uma leitura sem sentido, vazia de significado. A leitura só é profícua quando nos auxilia no entendimento de nossa própria condição humana.

A verdadeira leitura é instigante, emancipadora e libertadora (Freire, 1982); e como tal um ato político.

Na sociedade da informação, a informação é poder. Com a intensa ampliação dos meios de comunicação e a ininterrupta produção de presente “os jovens de hoje crescem numa espécie de presente contínuo, sem nenhuma relação orgânica com o presente publico de sua época” (Hobsbawn, 1995) e somente um ente crítico e reflexivo pode avaliar o passado, no qual estamos intrinsecamente ligados, e tracar novos rumos para o futuro.

Para que façamos uma analise crítica do que foi lido, não basta somente apreender a mensagem intencionalmente transmitida pelo autor (Luckesi et. al., 2005). Devemos também julgar, pôr a prova, contestar o que estamos lendo. Avaliar sua validade seu valor; seu conteúdo e sua forma; seus limites; suas aplicações, explicações e implicações; e, finalmente, seu significado social.

A leitura só é leitura quando analisa e interpreta a realidade. E a comunicação só é comunicação quando transmite e transforma o mundo.

Texto enviado por Francisco.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

IV Congresso de Jornalistas e Radialistas do Maranhão

Atenção alunos de Jornalismo e Radialismo

Está chegando o 4º Congresso de Jornalistas e Radialistas do Maranhão, que acontece nos dias 23, 24 e 25 de agosto, no Rio Poty Hotel, com o tema: "A Mídia Digital e a Democratização dos Meios de Comunicação". Entre os convidados, o jornalista da Rede Globo, Caco Barcellos e integrantes da equipe do Profissão Repórter. Na ocasião, o jornalista Caco Barcellos e os jovens repórteres Caio Cavechini e Júlia Bandeira abordarão o tema “O Futuro do Jornalismo com o Advento da Mídia Digital”, contando as experiências adquiridas com o programa que mostra os bastidores da notícia todos os domingos no Fantástico. Na área de jornalismo esportivo confirmada a palestra de Nelo Rodolfo, da Jovem Pan sobre “O Jornalismo Esportivo na Era da Mídia Digital”. Nelo Rodolfo apresenta o Fim de Jogo, programa que mostra o desempenho dos jogadores e juízes; o “Plantão da Rodada”. As inscrições podem ser feitas a partir do dia 16 julho, nos seguintes locais: UFMA, Faculdade São Luís, UniCeuma, Lojas Gabryella e na sede do congresso, no Ed. Jonas Martins Soares, sl 302, Areinha.Valor da Inscrição: R$ 50,00 (Estudante) R$ 100,00 (Profissional).

Para quê este blog?

Este blog servirá essencialmente pra divulgar textos, artigos escritos pelos alunos do Curso de Comunicação Social da UFMA 2007, além é claro de assuntos de relevância no que concerne ao nosso curso.
Também tratará de documentar todos os eventos que os alunos estejam envolvidos, tanto dentro da UFMA, quanto fora da instituição.
Para contribuir com nosso blog é muito fácil, basta mandar um email para cs.ufma2007@gmail.com.